Em conjunto com acompanhamento médico, equipamento pode ser usado para
tratar casos de fobia de direção
Publicado pela revista Ciência Hoje,
artigo estima que cerca de 8% da população mundial se enquadre
como portadora de fobia de dirigir. A aversão acomete principalmente mulheres
entre 21 e 45 anos, e acabam por levar a sintomas como taquicardia e tremedeira
nas pernas. A boa notícia é que esse o pânico pode ser tratado pelo trabalho
conjunto entre profissionais da área de psicologia e uso de simuladores de
direção.
Idealizados com a finalidade de formar, com segurança, condutores mais
preparados para enfrentar quaisquer adversidades no trânsito, os simuladores de
direção veicular são obrigatórios pela
resolução nº 543/15 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
em território nacional. Ao proporcionar uma experiência pedagógica e realista, o
equipamento pode beneficiar tanto condutores que passaram por experiências
traumáticas quanto candidatos à categoria B com receio do primeiro contato com o
veículo.
Este é o diferencial da Mobilis, empresa especializada em soluções
tecnológicas que desenvolveu uma linha de simuladores que prioriza o aprendizado
de qualidade, com possibilidade de prática em um ambiente seguro e que reproduz
fatos e incidentes reais de maneira precisa. Segundo o gestor de operações da
empresa, Lee Richard, o uso do simulador diminui, consideravelmente, o medo e a
ansiedade de dirigir. “Isto porque os primeiros contatos com a direção de um
veículo serão menos estressantes, já que as aulas são realizadas em um ambiente
sem riscos de acidentes e com acompanhamento direto e constante do instrutor”,
descreve.
Conforme explica a especialista em segurança, educação no trânsito e formação
de condutores, Roberta Torres, a facilidade dos motoristas iniciantes
envolverem-se em acidentes se deve à dificuldade em prever e gerir riscos,
oriunda da pouca prática. “O simulador faz esta conexão entre teoria e prática e
possibilita não apenas ensinar ao aluno as habilidades básicas de manuseio do
veículo, mas também reproduzir situações de risco que não poderiam ser criadas
no ambiente real”, salienta.
Entretanto, para a especialista, os benefícios do equipamento não se
restringem a candidatos com pouca prática e podem ser aplicados em casos de
motoristas com fobia por terem vivenciado situações traumáticas, como acidentes
de trânsito. “Por ser um ambiente totalmente controlado, a pessoa entra no
simulador com mais tranquilidade do que entraria em um automóvel. É possível o
instrutor parar a simulação em qualquer momento, desligando o aparelho, sem
colocar o indivíduo em risco”, reflete. Além dessa facilidade, ela ressalta que
o simulador permite ao instrutor criar situações em um processo evolutivo de
ensino, com níveis de dificuldade compatíveis às necessidades do aluno. “Para os
casos de fobia, contudo, é necessário o acompanhamento de um psicólogo e
terapia, em conjunto com as simulações”, pondera.
Neste sentido, o Diretor da
Perseus
Realidade Virtual e do Núcleo de Psicoterapias Cognitivas de São Paulo, Dr.
Cristiano de Abreu, esclarece que o cérebro atua por meio de duas vias, a
racional e a emocional. Além da eficácia aos estímulos racionais, fundamentais
às aulas de direção, o simulador também trabalha com o emocional do aluno e, por
consequência, na atenuação dos casos de fobia. O processo, que consiste na
exposição repetida à situação que traz aversão, recebe o nome de habituação. “Na
medida em que o candidato é exposto às situações que mais trazem dificuldade, o
cérebro faz essa absorção e, aos poucos, diminui a resposta de medo, por
exemplo”, explica.
O médico pondera que para alguns pacientes esta exposição isolada é
insuficiente, já que a resposta de cada pessoa ao medo é diferente. Se em alguns
casos a pessoa enfrenta o que causa ansiedade, em outros apela para um mecanismo
de fuga. Além disso, ele lembra que o medo não sofre interferência do raciocínio
lógico, por isso, julgar as causas da ansiedade é uma atividade inócua. “Não
basta expor o indivíduo às situações temidas; é preciso agir nos centros
emocionais, dando instruções para que ele maneje a situação de medo sem
abandonar a direção”, orienta. Por esta perspectiva, ao atuar de maneira
eficiente tanto com o racional quanto com o emocional do aluno, o simulador é
uma estratégia recomendada para uso em conjunto com a terapia.
Com informações da Assessoria de Imprensa
Fonte:
Portal do Trânsito, SDPWIN Aulas com simulador reduzem ansiedade do primeiro contato com veículo
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Aulas
com simulador reduzem ansiedade do primeiro contato com veículo, também pode
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Trânsito.